Gerhard Richter,

artista alemão, nascido em 1932. Sim, 80 anos do ofício de produzir e borrar telas, colocando a tinta para dançar revelando seu processo construtivo num ato de subtração dessa matéria por e com uma grande régua de madeira. Ora abstrata, ora figurativa, ora com o movimento da tinta ora com o desfoque contemporâneo do pixel, Richter vai mapeando o ato individual do artista e o ato do observador como um gesto do vir a ser, levando o inesperado ao mais alto grau de sublime magnitude.

 

Imagens: Reprodução

Postado por: Antonio

Obra: Residência Moema

Nesta obra a solicitação foi integrar totalmente a cozinha ao living. Além de retirarmos algumas paredes utilizamos o piso de madeira e o tecnocimento aplicado nas paredes dando continuidade ás áreas. O projeto luminotécnico também recebeu especial atenção, é totalmente dimerizado criando cenas para diversas ocasiões.

Área: 180 m2

Ano de execução: 2008

 

Postado por: Tatiana

Ci.da.de

E ele adorava cidade. Não qualquer uma nem uma específica. Tampouco todas elas. Talvez gostasse da palavra em si. Ci.da.de, sf (lat civitate) 1 Povoação de primeira categoria em um país; no Brasil, toda sede de município, qualquer que seja a sua importância. 2 Os habitantes dessa povoação: A cidade vai eleger seu prefeito. 3 O núcleo principal ou centro urbanístico dessa povoação, onde estão geralmente localizadas as casas comerciais mais importantes: Este ônibus vem da cidade. 4 Grande formigueiro de saúvas constituído de vários alojamentos ou panelas. Ou não, porque não gostava de formigas. Mas ela, sempre ela, insistia em manter a sua irredutível necessidade de existir (a mercê dele) de fato, sem palavras. Ela tinha mania de formar ambiente e ser construída e utilizada (por ele também) plenamente. E ele adorava cidade. Daquele jeito cafajeste, com sorriso no canto, sabendo que poderia dar suas escorregadas que mesmo assim ela o perdoaria. Era uma relação não só física e não só platônica. Daquelas que a gente não sabe classificar, sabe? Só sei que ele gostava e gostava justamente porque via a possibilidade de descobrir significados recônditos não evidentes através dela. E só ela ofereceria isso a ele. Só ela.

Porque nela ele andava altivo, comia na rua e com a mão bem do jeito que sua mãe não o ensinou. Livre. Livre porque bailava sua existência de fato através de seus espaços recipientes. Livre porque atuava alterando comportamentos (os seus e dos seus), dando voz para suas dúvidas, anseios, pensamentos e posições. Cantava e dançava com qualquer barulho que ouvia quando a percorria, se perdendo em suas curvas e desvendando seus segredos mais bem guardados. Livre. Quase como um pássaro que voa em paisagens cafonas que a gente recebe em PowerPoint mandados pelos pais por email.

E eles beiravam o relacionamento perfeito. Juntos mas autônomos. Ele poderia amar qualquer cidade. Ela era amada por milhares de-eles. Mas eram um do outro. Simples assim. Nem tudo é doçura, é verdade. Quando viaja é um sofrimento pra ela. Promíscuo, oferece amor por cada uma que passa. Ela sempre se envolve completamente e ele pega sua mochila surrada em busca de novos amores, novas histórias. Mas ela curte essa cafajestada, lembram? E a regra é clara segundo Arnaldo Coelho: a gente nunca se apaixona pelo bonzinho, certinho, pelo que penteia o cabelo com aquele pente que vô leva no bolso da calça. A gente ama os bonzinhos, mas não é disso que se trata. Paixão a gente tem pelos cafajestes. Tenho pra mim que ela, ou melhor todas elas, sejam de câncer. Do tipo que sofre bonito. Que sai pra dançar e beber com as amigas mas não vê a hora de chegar em casa. E seus olhos brilham toda vez que encontra ele jogado na cama lendo algum autor alemão que ninguém entende. Só ele. Ela derrete. E ele a olha como se ele tivesse aprontado. Sim, ele. Apenas com um livro de um autor com mais consoantes do que vogais. E mais ninguém.

Relação difícil, estranha, confusa, mas intensa. E toda vez que me lembro dele com ela, imediatamente me vem à cabeça desenhos. E deixo claro que sempre me lembro de desenhos quando eles estão assim, apaixonados, encantados, enlouquecidos. E desenhos de criança feitos pelo impulso e plenitude da infância. Aqueles em que a princesa tem o rosto azul, o cavalo tem três patas. Aqueles mesmos que trazem de brinde um teco do bolo de chocolate e que são cem por cento reais e cem por cento imaginação.

Mas melhor do que pensar neles é vê-los juntos. Ele com sua velha mochila suja, se encantando com suas sempre novas curvas. Ela apaixonada por esse moleque cafajeste que a deixa assim: sentindo-se única.

 

texto publicado no malvadezas.

Postado por: Antonio

Exposição: O Jardim de Pedro David

Fauna Galeria

Pedro David

 

Postado por: Tatiana

Charles Bradley

Charles Bradley tem swing, amor e força em cada palavra que canta e vai passando pelas notas musicais de suas sempre lindas e dançantes músicas com a desenvoltura de um menino que desbrava águas nunca dantes navegadas. Coisa linda ver um senhor de 62 anos com folego de sobra em seu arrebatador e visceral primeiro CD.

 

Ouvindo Bradley sem parar.

Postado por: Antonio

Inspiração do dia

 Imagem: Geraldo de Barros

 

Postado por: Tatiana

Concurso: 6a bienal internacional de arquitetura, sp

Viver na cidade era o tema da Bienal de 2005. Pensar a cidade foi o tema do trabalho apresentado nela. E continuou sendo esse depois disso. E a cidade nunca deixará de ser suporte, produto, vontade, desenho, intenção, pensamento, estopim, fim. Sempre ela e sempre será ela. Em 2005, hoje e amanhã.

Ano: 2005

texto publicado no Vitruvius sobre a Bienal http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.077/312

Postado por: Antonio

Edward Hutchison

Desenho como ferramenta de pensamento projetual global e uníssono não é novidade, mesmo hoje com a quantidade absurda de teclas, tomadas e 3Ds que dominaram a produção do fazer arquitetônico. E a primeira vez que estive com o livro “El dibujo em el proyecto del paisaje” do arquiteto inglês Edward Hutchison nas mãos pensei exatamente isso. Pensamento que caiu por terra quando virei sua primeira página. Paul Valéry definiu beleza como tudo que desespera e a minha relação com os desenhos que vi foi completamente essa. Foi físico e sensível. E sai correndo para comprar papel e aquarela ficando como uma criança na frente de uma caixa de oito mil lápis de cores e papéis sem fim com o melhor dos sorrisos e olhos brilhando em busca de um mundo novo que se abriu, naquelas páginas daquele livro que achei foi que fosse passar batido. E eu só penso, desde então, em desesperar a mim e aos outros com os desenhos mais belos do mundo.

Imagens: Reprodução

Postado por: Antonio

Obra: Dobrak

Com uma estrutura enxuta para atender um grande mercado consumidor de embalagens plásticas, a empresa tinha a necessidade de criar um novo posto de trabalho e possibilitar o prático arquivamento de aproximadamente 300 tipos de embalagens para o mostruário de cada cliente. Troxemos luz natural para todos os ambientes de trabalho, melhorando a qualidade do espaço e o conforto dos funcionários. Prateleiras deslizantes optimizaram a área destinada ao arquivamento das embalagens e delimitam a circulação do escritório.

Área: 38m2

Ano de execução: 2008

Postado por: Tatiana

inspiração do dia

Imagem: Reprodução

Postado por: Antonio