Passeando pelas fotos dos desfiles da edição 33a. do SPFW me deparei com essas três imagens. A estampa de jacarés de André Lima, o brinco de jacaré da Amapô e os broches e arranjos de cabelo também de jacaré do Lino Villaventura.
Irreverência, posicionamento, participação e diversão: o móvel boneco é um móvel que, por si só, não existe. Sem a tv, ele não é nada. E sem o dono, que desenha, pinta e borda no móvel, também não. É com a participação ativa do homem, com ironia, um toque de sarcasmo e um leve sorriso no rosto, que o móvel vem para somar e se multiplicar. Agindo com uma postura nova, não precisando de grandes tecnologias, mirabolantes engrenagens ou complexas construções ele mostra que uma ideia basta. Somente ideia basta sempre.
Já imaginou trabalhar na Bat Caverna? Pois assim devem se sentir os bombeiros dessa brigada na Italia, o incrível projeto é do escritório Bergmeister Wolf Architekten e está localizado em Margreid.
Suas esculturas finas e lânguidas discutem e guerreiam com a física o valor da matéria através do ar que as envolve. Mas são seus desenhos, carregados de tensão e tão pouco conhecidos, que nos brindam com a tênue e sofisticada relação entre espaço e matéria, quebrando a ideia de tempo onde o segundo pode durar a eternidade nos provando que o homem é seu meio, seu ato e sua marca. Tudo junto, Giacometti promove pinceladas que não se acabam e misturam fundo, espaços interstícios e modelo numa rara e linda proposição de um novo modo de discutir e materializar o muitas vezes desmaterializável espaço.
“Não é possível aproximar-se de uma escultura de Giacometti. Não espere que um seio viceje à medida que você se aproxima dele: ele não mudará, e, ao caminhar, você terá a estranha impressão de não sair do lugar”. Sartre, que tantas vezes foi retratado por Giacometti, em 1948.
em francês significa estranho, singular, peculiar. Acho tudo isso e acho mais: acho lindo. E depois que a Mayara me mandou essa música, não paro de escuta-las.
Doba e Caracol cantaram juntas até 2008 e eu já estou em depressão porque, mal as conheci e elas já se separaram.
Intenso, denso, teatral, pesado. Passei pelo choque, pelo riso, pelo conforto, pelo estranhamento tudo isso no mesmo espaço escuro da mesma sala de cinema que frequentemente vou. Quis sair dançando naquela noite de lá e hoje quero conquistar o mundo, quero dançar a dança estranha que rabisca o chão numa terra sem fim e sem tamanho mexendo os braços fazendo-os desenhar o ar. Quero desenhar como Pina dançava. E quero esse filme sempre ecoando dentro de mim para isso.
“Dance, dance … Caso contrário estamos perdidos.” Pina