inspiração do dia

Diretamente de Londres, da Serpentine Gallery, via Aline Nasralla.

Postado por: Antonio

Alberto Giacometti

Suas esculturas finas e lânguidas discutem e guerreiam com a física o valor da matéria através do ar que as envolve. Mas são seus desenhos, carregados de tensão e tão pouco conhecidos, que nos brindam com a tênue e sofisticada relação entre espaço e matéria, quebrando a ideia de tempo onde o segundo pode durar a eternidade nos provando que o homem é seu meio, seu ato e sua marca. Tudo junto, Giacometti promove pinceladas que não se acabam e misturam fundo, espaços interstícios e modelo numa rara e linda proposição de um novo modo de discutir e materializar o muitas vezes desmaterializável espaço.

“Não é possível aproximar-se de uma escultura de Giacometti. Não espere que um seio viceje à medida que você se aproxima dele: ele não mudará, e, ao caminhar, você terá a estranha impressão de não sair do lugar”. Sartre, que tantas vezes foi retratado por Giacometti, em 1948.

Pinacoteca do Estado de São Paulo, até 17 de junho de 2012.

Postado por: Antonio

Arquitetura de Cristóbal Balenciaga

Assim como a alta costura, arquitetura é feita com as mãos.

Assim como uma roupa, arquitetura nos veste e protege.

Quero projetar como Balenciaga costurava.

Cristóbal Balenciaga Museoa
Projeto de AV62 Arquitectos

 

Postado por: Tatiana

Pina

Intenso, denso, teatral, pesado. Passei pelo choque, pelo riso, pelo conforto, pelo estranhamento tudo isso no mesmo espaço escuro da mesma sala de cinema que frequentemente vou. Quis sair dançando naquela noite de lá e hoje quero conquistar o mundo, quero dançar a dança estranha que rabisca o chão numa terra sem fim e sem tamanho mexendo os braços fazendo-os desenhar o ar. Quero desenhar como Pina dançava. E quero esse filme sempre ecoando dentro de mim para isso.

 

“Dance, dance … Caso contrário estamos perdidos.” Pina

 

Postado por: Antonio

Gerhard Richter,

artista alemão, nascido em 1932. Sim, 80 anos do ofício de produzir e borrar telas, colocando a tinta para dançar revelando seu processo construtivo num ato de subtração dessa matéria por e com uma grande régua de madeira. Ora abstrata, ora figurativa, ora com o movimento da tinta ora com o desfoque contemporâneo do pixel, Richter vai mapeando o ato individual do artista e o ato do observador como um gesto do vir a ser, levando o inesperado ao mais alto grau de sublime magnitude.

 

Imagens: Reprodução

Postado por: Antonio

Edward Hutchison

Desenho como ferramenta de pensamento projetual global e uníssono não é novidade, mesmo hoje com a quantidade absurda de teclas, tomadas e 3Ds que dominaram a produção do fazer arquitetônico. E a primeira vez que estive com o livro “El dibujo em el proyecto del paisaje” do arquiteto inglês Edward Hutchison nas mãos pensei exatamente isso. Pensamento que caiu por terra quando virei sua primeira página. Paul Valéry definiu beleza como tudo que desespera e a minha relação com os desenhos que vi foi completamente essa. Foi físico e sensível. E sai correndo para comprar papel e aquarela ficando como uma criança na frente de uma caixa de oito mil lápis de cores e papéis sem fim com o melhor dos sorrisos e olhos brilhando em busca de um mundo novo que se abriu, naquelas páginas daquele livro que achei foi que fosse passar batido. E eu só penso, desde então, em desesperar a mim e aos outros com os desenhos mais belos do mundo.

Imagens: Reprodução

Postado por: Antonio

inspiração do dia

Imagem: Reprodução

Postado por: Antonio